FIDES ET RATIO, DO MEDIEVO À REFORMA: UM ROTEIRO DIFERENTE (CONTINUAÇÃO E FIM)

Roberto Hofmeister Pich

Resumo


Este estudo possui três divisões principais, que, juntas, constituem um plano para investigar o tema “fé e razão” ou “teologia e filosofia” em Martinho Lutero desde a perspectiva daqueles debates no pensamento medieval. Inicialmente, explico, de forma breve, que tipo de problema filosófico é o debate fé e razão, particularmente na filosofia medieval. Em segundo lugar, ilustro aspectos relevantes na relação entre fé e razão no pensamento medieval explorando a defesa, por João Duns Scotus, da indispensabilidade da teologia da revelação em comparação à filosofia no que diz respeito ao conhecimento de Deus. Em terceiro lugar, discuto os limites para a compreensão da realidade em termos de uma ordem da natureza e de uma ordem moral ao aplicar a ela os conceitos de onipotência e poder absoluto de Deus. Há, aqui, uma maneira impactante de  argumentar em favor dos limites do conhecimento do ser humano – através da razão natural somente – não da essência e dos atributos de Deus, mas da vontade de Deus. O segundo e o terceiro tópicos apontam, através da mediação de Guilherme de Ockham, para ideias centrais da visão teológica de Lutero sobre a condição do ser humano com respeito a Deus – tanto no domínio especulativo quanto no domínio prático do uso da razão.


Palavras-chave


Fé. Razão. Conhecimento Sobrenatural. Proposições Teológicas. Conhecimento Moral. Tomás de Aquino. João Duns Scotus. Guilherme de Ockham. Martinho Lutero.

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