OS NOMES DIVINOS — BOAVENTURA E DIONÍSIO AREOPAGITA (a propósito de I Sent., d. 22, a. un., qs. 1-4; I 390a-399b)

António Rocha Martins

Resumo


A partir de Boaventura e Dionísio Areopagita este texto aborda e discute a questão da possibilidade de dar nome ao divino. Como dar nome ao que é incaptável e inominável, que está acima, aquém e além de todo nome? O que e quem é a possibilidade de dar qualquer nome. Boaventura responderia. que se realiza mediante a negação, significa também uma expressa forma de a linguagem apreender positivamente o que o Ser divino é para nós: não é possível totalizar Deus no pensamento, mas é possível apreender totalmente a sua existência por meio da linguagem. Tonando por base inúmeras citações do Areopagita, conclui-se que a incompreensibilidade não afecta o conhecimento, visto não tornar Deus estranho ao pensamento, sendo possível predicar positivamente Deus sicut est. Indo pelo lado da essência (para além da qual Deus está sempre), a predicação negativa vê no nome a dissolução do Inefável, pelo que as negações seriam mais verdadeiras do que as afirmações.


Palavras-chave


Nomes Divinos. Teologia Negativa. Teologia Positiva.

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