EM BUSCA DE DEUS: SANTO ANSELMO DE CANTUÁRIA E A PROVA ONTOLÓGICA DA EXISTÊNCIA DE DEUS E SUA CRÍTICA

Jakob Hans Josef Schneider

Resumo


que é que deveríamos entender sob a definição anselmiana do Deus como aliquid quo maius cogitari non potest, “algo do qual não pode ser pensado maior”? Este artigo argumenta a favor de que a definição de Anselmo deveria ser entendida como uma definição operativa, igual a uma receita ou instrução de um médico: se você quer saber quem é Deus, deve então prosseguir e cumprir a regra aí definida: Deus é aliquid quo maius cogitari non potest, “algo do qual não é possível pensar maior”. Então, Deus não é nem um objeto tirado da natureza (prima causa), nem um conceito tirado do intelecto (ens perfectissimum), nem uma imagem tirada da imaginação. A existência de Deus é um resultado do modo de pensar nele como “algo do qual não pode ser pensado maior”. Se você segue a instrução de pensar em Deus, então, Deus existe e, além disso, existe necessariamente, pois não é possível negar sua existência e, ao mesmo tempo, pensar em algo maior.

Abstract

How can we understand the anselmian definition of God as aliquid quo maius cogitari non potest? This article defends the argumentation of Anselm of Canterbury against possible interpretations. God is not a prime cause of nature (prima causa), nor he is an absolut concept (Hegel) or idea (Descartes) of our intellect (ens perfectissimum), nor he is an image of our imagination (Gaunilo). The definition of Anselm has to be understood as an operative definition, like the instruction of a doctor. If we follow the norms of that definition, then God exists; and he exists necessarily; because it is not possible to think of something greater than him and deny his existence at the same time.


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