A QUESTÃO DA MEMÓRIA EM ARISTÓTELES E AGOSTINHO – UMA LEITURA A PARTIR DE PAUL RICOEUR
Resumo
Os estudos de memória têm em Aristóteles e Agostinho pensadores originários que problematizam com competência o referido lugar da memória como conteúdo filosófico e existencial, capaz de conferir sentido à tarefa da existência humana. O filósofo grego aborda a memória como uma questão fundamentalmente do tempo, enquanto o bispo de Hipona destaca a questão da subjetividade mediante a interioridade. Dessa forma, duas questões-chave são estabelecidas: a primeira, que o homem habita o tempo; a segunda, como o tempo e a memória são habitados pelo homem. É nesse contexto que o filósofo francês Paul Ricoeur, no livro A memória, a história, o esquecimento (2010), realiza uma análise profunda da concepção de memória dos dois pensadores, com o objetivo de explicitar quanto e como é possível confiar na memória no interior da temporalidade que a constitui e, ao mesmo tempo, constitui o sujeito de memória. Ricoeur está entre os autores que, no decorrer do século passado, se detiveram sobre o tema da memória e recolocaram esse tema no centro das discussões filosóficas.
Palavras-chave
Agostinho. Aristóteles. Memória. Reconhecimento de Si. Ricoeur.
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