ALFONSO BRICEÑO (1587–1668) E A RECEPÇÃO DE SCOTUS NA AMÉRICA LATINA: UM BREVE ESTUDO SOBRE O CONCEITO DE INFINITO

Roberto Hofmeister Pich

Resumo


O artigo enfoca uma abordagem específica do frade
franciscano Alfonso Briceño (1587-1668), em suas monumentais
Controversiae, a saber, sobre a infinitude de Deus, que é tratada pelo
autor na Controvérsia 5. Isso permitirá ver a estrutura da sua argumentação
em filosofia e teologia: depois de oferecer a formulação
de pontos controversos entre a escola scotista e a escola tomista, ele
analisa argumentos contra a posição tomista nas tradições medieval
e barroca, tentando, então, defender o relato de João Duns Scotus
através de uma interpretação cuidadosa e articulada dos seus textos.
No presente estudo, quer-se simplesmente destacar o primeiro ponto
da análise da infinitude por Briceño, a saber, a “razão objetiva da
infinitude [divina]”, que repousa sobre uma interpretação do Quodlibet
V de Scotus e uma discussão crítica com Tomás de Aquino e o seu intérprete Gabriel Vázquez (ca. 1549–1604). O estudo do pensamento de Briceño ajuda a entender a recepção e o desenvolvimento das fontes medievais nos séculos 16-1, na escolástica latino- americana, particularmente de Duns Scotus como autoridade principal para uma visão-de-mundo filosófica franciscana, e também de diversos “ouvintes” históricos de Scotus, tais como Francisco de Mayronis, Pedro Auréolo, Guilherme de Rubio e João de Bassolis.

Palavras-chave: Alfonso Briceño, João Duns Scotus, Gabriel
Vázquez, Tomás de Aquino, infinitude, modo do ente, metafísica,
escolástica latino-americana.


Palavras-chave


Alfonso Briceño. João Duns Scotus. Gabriel Vázquez. Tomás de Aquino. Infinitude. Modo do ente. Metafísica. Escolástica latino-americana

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